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1 27/11/2015 02:30

O Bem Estar desta quinta-feira (26) falou sobre como se proteger do surto de microcefalia que o Brasil vive com o presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica Caio Rosenthal e com a neuropediatra Vanessa van der Linden. É a primeira vez que o país declara emergência internacional de saúde pública e o surto é inédito no mundo.

Entenda a microcefalia

A microcefalia é um quadro em que bebês nascem com o cérebro menor do que o esperado (perímetro menor ou igual a 33 cm para bebês a termo) e que compromete o desenvolvimento da criança em 90% dos casos. As causas exatas do surto no Brasil ainda estão sendo investigadas. O principal suspeito é o Zika vírus, de origem africana e primo do vírus da dengue. Ele circula no país desde maio do ano passado e uma das hipóteses é que chegou aqui junto com turistas que vieram para a Copa do Mundo. Os casos de microcefalia coincidem com áreas em que o vírus circulou no ano passado.

Microcefalia por Zika vírus

Os cientistas têm feito um trabalho de detetive. Primeiro descartaram causas genéticas, porque a mudança no padrão epidemiológico se deu de uma hora para outra. Depois, foram atrás do que mudou na região e então voltaram a atenção para os casos de Zika vírus, novidade de 2014. A hipótese é que o vírus, primo da dengue e transmitido também pelo Aedes aegypti, atravessaria a barreira placentária e entraria no corpo da criança prejudicando a formação do cérebro. As tomografias feitas pelos cientistas indicaram sinais de infecção viral no cérebro em alguns casos e também foram achados sinais do Zika vírus em exames do líquido amniótico, em bebês que ainda estavam na barriga, e no líquido cefalorraquidiano, naqueles que já nasceram.

Conhecendo o Zika

O vírus Zika é transmitido especialmente por mosquitos infectados, principalmente o mosquito da dengue. A maioria das pessoas não tem sintomas, mas quando surgem são principalmente erupções na pele, olhos vermelhos e dores no corpo. Eles desaparecem em até uma semana, em geral.

Prevenção

Todo mundo pode colaborar na prevenção, principalmente lutando contra o acúmulo de água e lixo que atraem mosquitos. É hora de também colocar tela na casa e usar mosquiteiro. E abusar do repelente, seguindo as orientações do rótulo. Quem está pensando em engravidar, deve levar essa situação em conta e quem já espera o bebê deve tomar cuidado com picadas de mosquito, mesmo que já esteja em fase adiantada de gestação.

Recomendações do Ministério da Saúde específicas para grávidas:

• Atualizar as vacinas de acordo com o calendário vacinal do programa nacional de imunização do Ministério da Saúde

• Atenção sobre a natureza e a qualidade daquilo que se ingere (água, alimentos, medicamentos), consome ou se tem contato, principalmente sobre a ação desses produtos no desenvolvimento do bebê.

• Proteger-se das picadas de insetos, evitando horários e lugares com presença de mosquitos e, sempre que possível, utilizar roupas que protejam o corpo. Consultar o médico sobre o uso de repelentes e verificar atentamente no rótulo a concentração do produto e definição da frequência do uso para gestantes. Além disso, telas de proteção, mosquiteiros e ar-condicionado também são medidas de proteção.

• Se houver qualquer alteração no estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação, comunicar aos profissionais de saúde.

G1

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