Notícias

1 31/07/2015 22:40

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (31), pressionado por preocupações com a situação fiscal e as turbulências políticas no Brasil e pelas incertezas sobre a intervenção do Banco Central no câmbio. O mercado repercute ainda o déficit primário de R$ 9,32 bilhões no setor público, pior da história para junho.

A moeda norte-americana voltou a atingir o maior valor desde 2003 e subiu 1,59%, a R$ 3,4247 na venda. Veja cotação.

Esta é a maior cotação de fechamento desde 20 de março de 2003, quando encerrou a R$ 3,478. Também em março de 2003 havia sido a última vez que o dólar tinha ido acima do patamar de R$ 3,40, segundo informações da Reuters.

Na semana, o dólar subiu 2,32% e no mês, 10,16%. Esta foi a maior alta mensal desde março, mês em que a moeda subiu 11,46% - de acordo com dados da Economatica considerando a Ptax - taxa calculada diariamente pelo BC que que aponta a média do preço do dólar em real. No ano, o dólar já acumula alta de 28,81%.

"Para qualquer lado que você olhar, tem notícia ruim, seja fiscal ou política", resumiu à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

O setor público brasileiro marcou déficit primário de R$ 9,323 bilhões em junho, pior leitura para o mês na história, acumulando em 12 meses rombo recorde equivalente a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), números que ressaltam as dificuldades do governo para equilibrar as contas públicas.

Os investidores também especulavam sobre o programa de interferência do Banco Central no câmbio com a rolagem dos swaps cambiais, contratos que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em setembro, correspondentes a US$ 10,027 bilhões.

O BC rolou pouco menos de 60% dos swaps que vencem na segunda-feira que vem, a menor proporção em mais de um ano.

O mercado questiona se o BC continuará com a estratégia de reduzir as rolagens diante da escalada recente da moeda norte-americana, que tende a pressionar a inflação.

No exterior, o dólar recuava em relação a uma cesta de moedas, após avançar com força nas últimas sessões diante das expectativas de alta de juros nos Estados Unidos e preocupações com a desaceleração da economia chinesa. "É um ajuste técnico. Os mercados (externos) se lembraram de tomar pílulas contra ansiedade hoje", afirmou à Reuters o economista da empresa de análise 4Cast Pedro Tuesta.

G1

Rua Tiradentes, 30 – 4-º Andar – Edf. São Francisco – Centro - Santo Antônio de Jesus/BA. CEP: 44.571-115
Tel.: (75) 3631-2677 - A Força da Comunicação.
© 2010 - RBR Notícias - Todos os direitos reservados.