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1 24/10/2014 15:56

Entrando na reta final do Brasileirão-2014, os arquirrivais Bahia e Vitória, como em um claro exemplo da atração recaldada, encontram-se, em uma angústia sem fim, juntinhos dentro da zona de descenso.

Após 30 rodadas, ambos têm 31 pontos. O Leão, que leva vantagem no primeiro critério de desempate, o número de triunfos, aparece em 17º, a primeira posição no grupo dos rebaixados. O Bahia vem em 18º.

A situação é tão desesperadora que, baseando-se no matemático Tristão Garcia, responsável pelo site Infobola, a chance de ao menos um clube baiano cair para a Série B é de 87,5%. Isoladamente, o Vitória tem 62% de chance de queda. O Bahia, 67%.

Os percentuais só corroboram o que tem se visto em todo o campeonato. Desde a 9ª rodada, realizada na virada de maio para junho, que a zona de rebaixamento da Série A tem, no mínimo, uma equipe da Bahia.

Como consolo, a pior diferença que Bahia e Vitória mantiveram do 16º colocado, o primeiro time fora da zona, foi de três pontos, passível de ser tirada num único jogo. O Tricolor esteve nesta situação ao fim da 13ª e da 20ª rodada. O Rubro-Negro, da 19ª e da 21ª.

E, se os parceiros baianos ainda nutrem esperança de se livrar desta angústia, a hora é esta. Cada um dos nove clubes que brigam contra a degola só têm mais oito jogos a disputar. Quatro em casa e quatro fora.

O alento baiano é que a tabela dos concorrentes, de um modo geral, é até pior do que a de tricolores e rubro-negros. Se os torcedores tremem ao se depararem com duelos como o do Bahia com o Inter, amanhã, ou o do Vitória com o Grêmio, em oito dias, é porque não observaram as partidas dos outros.

"Não tem jogo fácil no Brasileiro. As equipes oscilam. O Internacional é uma equipe complicada, mas nos enfrentou praticamente com força máxima na Sul-Americana e fomos bem sucedidos. Não vamos temê-lo amanhã", disse o técnico do Bahia, Gilson Kleina.

Dificuldades variadas

Dividindo-se os clubes do Brasileiro em três grupos, é possível perceber claramente a dificuldade da tabela de cada um. Os grupos seriam o dos sete mais fortes - que lutam por título ou vaga na Libertadores -, o dos quatro intermediários - que não possuem mais grandes pretensões no campeonato - e o dos nove candidatos à degola.

Se este último grupo, por um lado, é o dos piores da competição, por outro, é o dos times que tendem a entrar em campo com 'sangue nos olhos'.

Deles, Figueirense, Palmeiras, Coritiba e Criciúma terão metade de seus jogos contra o grupo dos times de cima. O Bahia só terá três desses temíveis oponentes. O Vitória, dois.

De quebra, tanto o Tricolor quanto o Rubro-Negro terão, cada um, dois jogos mais fáceis, contra times do grupo sem pretensões. Palmeiras, Coritiba e Criciúma só terão um jogo assim. O Figueirense, nenhum.

Nesses jogos mais 'tranquilos', o Vitória tem outra vantagem: só encara Flamengo e Santos nas duas últimas rodadas, quando eles provavelmente já estarão, enfim, em ritmo de férias.

O Botafogo, por exemplo, faz clássico com o Flamengo amanhã, em Manaus. Embora prometa escalar atletas reservas, neste momento o Rubro-Negro carioca, embalado, ainda está longe de ser considerado adversário tranquilo. O mesmo contexto - longe de casa contra o Fla - será enfrentado daqui a nove dias pela Chapecoense, que, teoricamente, é a única rebaixável com tabela mais fácil do que a da dupla Ba-Vi.

"Nosso caminho, assim como o dos concorrentes, é difícil. O jogo com o Criciúma (amanhã) é um duelo direto contra o rebaixamento. Em casa, não podemos admitir outro resultado que não a vitória. Para todo mundo lá de baixo, será pedreira até o fim", disse o técnico rubro-negro, Ney Franco.

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