Mais de 140 funcionários ficaram impedidos de trabalhar em Cachoeira, cidade no Recôncavo baiano, após a interdição de duas fábricas que produzem licor, na terça-feira (21). De acordo com associação que representa os produtores da bebida, os impactos da medida serão sentidos a longo prazo, porque o processo de fabricação começa no ano anterior.
Segundo o vice-presidente da Associação dos Produtores de Licor de Cachoeira, Roseval Pinheiro, o fechamento, na terça-feira (21), impacta principalmente a produção para o próximo São João.
Ele afirma que os fiscais estiveram na fábrica no dia 30 de junho do ano passado e, na época, pediram a mudança do banheiro, além de terem solicitado reforma no depósito de açúcar e nas áreas para trabalhar com frutas. Obras que, segundo o empresário, foram feitas.
Outra exigência que ele afirma ter cumprido foi a contratação de um químico.
Roseval Pinheiro informou que ele fez um ofício com um pedido de 60 dias para poder terminar o processo de adequação.
Além do tradicional licor de "Roque Pinto", também foi suspenso o trabalho na fábrica do "Arraiá do Quiabo". Estes são os mais tradicionais fabricos de licor em Cachoeira. Os dois estabelecimentos foram fechados porque a PF constatou irregularidades junto ao Ministério da Agricultura.