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1 27/05/2022 14:25



Os veleiros artesanais, de arquitetura própria e característica, foram uma das principais fonte de renda de municípios do Recôncavo Baiano, como Cachoeira, São Félix e Cabaceiras do Paraguaçu, durante o século passado

A chamada cultura de saveiros é parte importante do patrimônio cultural e do imaginário de populações ribeirinhas na região do Recôncavo Baiano e é pensando em valorizar tudo isso que nasceu o Festival de Saveiros (@festivaldesaveirosoficial), que agita as águas do Rio Paraguaçu este final de semana, começando nesta sexta (27/5), até domingo (29/5), com programação diversa

Durante os três dias de festa, o evento terá programação cultural, educativa e de cunho social, com shows de samba e reggae, homenagem a Dona Cadu, a mais famosa ceramista da Bahia, Feira de Economia Criativa e Agricultura Familiar, concurso de desenhos e redação nas escolas de São Félix e ação de limpeza das margens do Rio Paraguaçu.

A chegada dos saveiros a São Félix acontece na tarde desta sexta e junto com eles estarão os oleiros de Maragojipinho, que participarão da Feira de Artesanato, já considerada a maior do Recôncavo, reunindo mais de 50 expositores de toda a Bahia. 

No sábado haverá o encontro de jetskis, e as águas serão tomadas por canoas, caiaques e hobie cats, dentre outras embarcações. Passeios de saveiro serão oferecidos pelos mestres saveiristas a preços populares - é a oportunidade de conhecer melhor as belezas da região.

No dia domingo (29), a partir das 13h, em São Félix, será dada a largada para o Bordejo pelas Águas do Paraguaçu, que vai circundar a Pedra da Baleia e retornar para o píer de São Félix. Este é o ponto alto do  Festival de Saveiros. Participarão saveiros com navegação a popa (vela de içar). A competição se transformou num desfile que homenageia os saveiros participantes.

Shows de Samba de Roda e Reggae, marcas musicais do Recôncavo da Bahia, fazem da programação do  Festival de Saveiros – I Festa Náutica do Vale do Paraguaçu, uma verdadeira festa. 

Na sexta-feira, às 20h, está marcado o  Encontro dos Sambas de Roda do Recôncavo, com os grupos Samba de Roda Filhos de Nagô, de São Félix, Gêge Nagô, de Cachoeira e Samba Filhos de Dona Cadu, de Maragojipe. 

No sábado à noite o show é do reggaeman Sine Calmon. No domingo, ao cair da tarde, quem sobe ao palco é Jau, para realizar o seu sarau. E tem mais música com os talentos da terra  Nathan Gomess, Nelma Marks, Juninho Cachoeira, Orquestra Reggae de Cachoeira e Orquestra Jovem do Recôncavo. Os shows acontecem na Avenida Salvador Pinto, no Porto de São Felix.

Os veleiros artesanais, de arquitetura própria e característica, foram uma das principais fonte de renda de municípios do Recôncavo Baiano, como Cachoeira, São Félix e Cabaceiras do Paraguaçu, durante o século passado.  Autor do projeto Içar e pesquisador da área, Marcelo Bastos estima que já existiram mais de 1,5 mil saveiros. Eles eram importantes para escoar produções de açúcar, farinha e diversos outros produtos que saíam do Recôncavo em direção a Salvador. Esse número em 2022 não chega a 20.

 

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