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1 07/07/2020 10:35

Essa de cada prefeito fazer o que bem entende criou um bom rebu no baixo sul, a faixa litorânea da Bahia entre o Recôncavo e a região do cacau, gerando um bate-cabeça de consequências tão complexas quanto imprevisíveis.

Com 758 casos e 23 mortes hoje, sexta passada o prefeito de Valença, Ricardo Moura (PSD), decidiu deixar o comércio funcionando até meio-dia, mas com bancos e lotéricas fechadas.

Ele acha que o problema é o Calçadão, o coração do comércio, que concentra bancos e lotéricas. De Nazaré, a 40 quilômetros de distância, a prefeita Eunice Peixoto (DEM) também reagiu ao seu modo: baixou portaria que na prática proíbe a entrada do povo de Valença lá.

Efeito cascata — Eunice gravou vídeo (logicamente tirando proveito da situação), e a prefeitura soltou nota: ‘Por mais exaustivo que seja, baixar a guarda não é opção quando o assunto é proteger nosso povo’.

Eunice resolveu dar uma de durona, mas colegas de outros municípios optaram por outro caminho, também fecharam bancos e lotéricas. Resultado: a aglomeração bancária ontem foi toda em Santo Antônio de Jesus, onde o prefeito Rogério Andrade (PSD) anda às voltas com 569 casos e 13 mortes e, ontem, endureceu o jogo.

A questão: e depois, administrar pagamentos e recebimentos acumulados? Sabe lá Deus. É a pandemia cada vez mais virando pandemônio.

 

 

*Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde

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