1A entrada da Bitcoin no mercado financeiro em 2007 e a supervalorização da moeda, podem fazer dela uma opção tentadora, mas, segundo o consultor financeiro Aldo Ramos, o momento exige cuidados. Em entrevista na Rádio Andaiá FM, na manhã desta sexta-feira (19/7), Ramos esclareceu algumas dúvidas sobre a criptomoeda. “Bitcoin é uma moeda virtual e já existe no mercado mundial mais de duas mil moedas. É uma preocupação de nível mundial. As grandes potências mundiais do mercado Europeu, Estados Unidos, Brasil, todos estão buscando uma regulação”, disse.
De acordo com o consultor, 'a moeda está deixando todos desesperados porque é algo totalmente novo'. "O desespero é porque estamos acostumados com o dinheiro, com o banco, então gera uma desconfiança gigantesca. O Bitcoin não existe no papel é apenas um algoritmo de números”, explica.
Para quem quer aplicar no Bitcoin, Aldo Ramos dá algumas dicas. "Em qualquer tipo de aplicação, você tem que verificar seu perfil. Seu coração vai aguentar perdas? Orientamos para o arrojado que aplique 5% do valor. Se você tem um perfil de poupador, não aplique no Bitcoin, porque você não vai ter 'apetite' ao risco", pontuou.
Segundo Ramos, no Bitcoin ainda está se buscando o fundo garantidor. Para o consultor, investimento compensa, mas é mais prudente a mineração. "Não tem garantia. O Bitcoin é um problema matemático que é validado pela rede de computadores mundiais. Essa rede de computadores, pelo fato de consumir bastante energia elétrica, está concentrada mais nas regiões do mundo onde a energia elétrica é bastante barata. No Brasil, por exemplo, é quase inviável minerar (que é o processo para obtenção e adição de novas moedas digitais ao sistema) a moeda virtual", afirmou.
Na Câmara dos Deputados
O Deputado Federal Aureo Ribeiro (SD-RJ), autor do projeto de lei 2303/2015, que buscava o reconhecimento do Bitcoin e das criptomoedas como forma legítima de pagamento junto ao poder legislativo, apresentou, em abril desse ano, um novo projeto de lei que visa regulamentar os criptoativos no Brasil, o PL 2060/2019.
O novo projeto dispõe sobre o “regime jurídico de criptoativos” e em seu primeiro artigo destaca que, “Esta lei dispõe sobre Criptoativos, que englobam ativos utilizados como meio de pagamento, reserva de valor, utilidade e valor mobiliário, e sobre o aumento de pena para o crime de ‘pirâmide financeira’, bem como para crimes relacionados ao uso fraudulento de Criptoativos”.
Na justificativa, o deputado destaca que o novo projeto tem a finalidade de criar um ambiente “em que os elementos positivos da tecnologia do Blockchain sirvam a fomentar a higidez e a transparência do Sistema Financeiro Nacional e ao mesmo tempo às necessidades da economia e aos anseios da população”.
