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1 14/10/2017 15:20

A guerra do tráfico organizado no Rio de Janeiro, com armamentos de grosso calibre, inclusive de uso restrito militar, tem preocupado tanto os brasileiros quanto as Forças Armadas.  Especialistas em segurança pública afirmam que a entrada de armas e drogas no país ocorre, principalmente, pelas fronteiras. De acordo com ministro da Defesa, Raul Jungmann, que cumpriu agenda em Salvador na manhã de ontem, a pasta está desenvolvendo uma série de operações para tentar atenuar esse cenário.  

“Nós temos a 3ª maior fronteira do mundo que fazem limites com dez países. Dos dez, quatro são grandes produtores de drogas. Desses 17 mil Km, 9 mil são de fronteira molhada ( floresta e água). Então,  não é uma tarefa fácil”, disse.   

Segundo Jungmann, por meio da Operação Washington, por exemplo, o ministério já conseguiu reduzir em 80% os voos clandestinos entre Paraguai, Bolívia e Brasil, inclusive com casos de captura de criminosos e suspeitos de tráfico de drogas. 

Em fase de implantação, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que  une veículos aéreos não tripulados, satélites e radares móveis se propõe a monitorar e inibir os crimes nas áreas de fronteira.

Além disso, o ministro também destacou a existência da Operação Ágata, por meio da  qual militares da Marinha, Exército e Aeronáutica realizam missões táticas destinadas a coibir delitos como narcotráfico, contrabando, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, imigração e garimpo ilegais. 

A força-tarefa envolve diversos órgãos, tais como  polícia federal, polícias estaduais, receita federal e IBAMA. “Nós estamos, evidentemente, no limite de nossas possibilidades, patrulhando e tentando fazer nosso papel”, afirmou.

Visita

O ministro da Defesa chegou por volta das 9h30 da manhã, no Comando do 2º Distrito Naval, no Comércio. Após 2h de reunião com o Vice-Almirante Almir Garnier e outras autoridades, Jungmann falou com a imprensa e seguiu para a Base Naval de Aratu, em São Tomé de Paripe. O objetivo foi conhecer e vistoriar a Força de Minagem e Varredura da Marinha do Brasil.

Trata-se de um conjunto de quatro navios destinados a localizar e desarmar minas no fundo do mar, em caso de guerra. As embarcações são feitas de madeira, para evitar a atração com minas magnéticas e possuem equipamentos, como sonar, para “varrer” a área submersa.

Cada navio mede 47,20 metros de comprimento, pesa 285 toneladas e pode abrigar até 36 tripulantes.  De origem alemã, o grupo de navios caça-mina só existe na Bahia e foi incorporado à frota na década de 1970. 

Tribuna da Bahia

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