A Facção baiana Katiara criou um código de conduta para traficantes inspirado no PCC. O estatuto estabelece diversas diretrizes que devem ser seguidas pelos membros da facção – desde critérios para novos membros até regras para empréstimos, luto, caixinha mensal e até ajuda às famílias. São as determinações que regem o tráfico de drogas em vários municípios do Recôncavo baiano, inclusive em Amargosa, segundo o delegado da Polícia Civil.
De acordo com a Polícia Civil, a Katiara é liderada por Adílson Souza Lima, o Roceirinho, que está preso desde 2012, mas, segundo a polícia, controlava, de dentro do presídio de Serrinha, no Centro-Norte do estado, o tráfico em Maragojipe, Salinas da Margarida, Itaparica, Nazaré das Farinhas, Vera Cruz, Santo Antônio de Jesus, Amargosa e Santo Amaro. Desde maio, o traficante se encontra no presídio federal de Campo Grande (MS).
O texto de introdução do Estatuto da Katiara diz que o documento foi idealizado por três integrantes, chamados de “irmãos 33, 01, 35” e que o já criado Primeiro Comando do Recôncavo passava a se chamar Katiara a partir de 16 de outubro de 2013, em “prol de trazer uma nova imagem com transparência e verdade para fortalecer o crime no estado da Bahia”.
A todo momento, o grupo de criminosos se intitula uma facção e segue os moldes de outras organizações criminosas do país, com quem mantém laços estreitos: a A.D.A (Amigos dos Amigos), a maior do Rio de Janeiro, e o PCC (Primeiro Comando da Capital), em São Paulo.
Amargosa News