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1 23/10/2014 16:22

A suspeita de um caso de meningite levou à interdição de uma policlínica em Feira de Santana nesta quarta-feira, 22. O caso ocorreu na policlínica do bairro Tomba que recebeu uma paciente de 58 anos com sintomas da doença. Durante toda a manhã, quem necessitou de atendimento na unidade foi encaminhado para outras policlínicas da cidade. Profissionais da unidade utilizavam máscaras e luvas e uma placa afixada no portão de entrada informava que o local não estava realizando atendimento externo.

A policlínica atende cerca de 300 pacientes por dia. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) informam que este ano 49 casos de meningite foram registrados em todo o estado, destes 2 foram em Feira de Santana.

"Tomamos esta decisão após reunião com a equipe médica, com o objetivo de preservar a vida de todos. A meningite é uma doença contagiosa e como pode ser transmitida através da respiração, resolvemos suspender o atendimento até que a paciente seja transferida para um hospital", informou José Pires Leal, gerente da unidade.

No final da manhã, a paciente foi transferida para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e colocada em uma sala isolada. O gerente da policlínica do Tomba informou que o local passou por uma desinfecção e que todos os profissionais que tiveram contato com a paciente foram medicados e estão sendo acompanhados por uma equipe médica e da vigilância epidemiológica.

A paciente, que é moradora do bairro Rocinha, deu entrada na policlínica na noite de segunda-feira apresentando dor de cabeça, febre, vômito e rigidez na nuca. Foram feitos exames laboratoriais que confirmaram a meningite, só não se sabe qual o tipo. O gerente da unidade informou que desde segunda-feira solicita a regulação da paciente para o HGCA, mas a resposta é que a unidade não tem vagas.

"Solicitamos a transferência novamente nesta manhã, caso não sejamos atendidos iremos procurar o Ministério Público para que a lei seja cumprida. Os pacientes só podem permanecer nas policlínicas por 24 horas. Após isto ou recebe alta ou é encaminhado para um hospital" , afirmou.

O marido da paciente, que trabalha como diarista, Evanilson Silva dos Santos contou que desde domingo a mulher começou a sentir os sintomas, mas se negava a procurar uma unidade de saúde. Na segunda, o quadro piorou. "Aí não tivemos outra opção a não ser trazê-la para a policlínica, aqui informaram que podia ser meningite e estamos até agora aqui esperando uma solução", disse.

O diretor do HGCA, José Carlos Pitangueiras, informou que tomou conhecimento do caso na noite de terça-feira e que a direção da policlínica agiu de forma errada uma vez que o correto era que a paciente fosse regulada para o Hospital Couto Maia em Salvador que é referencia na doença e lá poderiam ser feitos exames para confirmar a meningite. "Mesmo não sendo nós a unidade de referência, autorizamos a transferência da paciente para cá e daí adotaremos as medidas cabíveis. O que não podemos é deixar que a paciente morra por falta de atendimento adequado", destacou.

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