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1 22/10/2014 15:45

Cerca de cem agentes da Polícia Federal fizeram nesta terça-feira um protesto em frente ao Palácio da Justiça, na Esplanada dos Ministérios. Os policiais colocaram, na rampa de acesso ao prédio, 16 caixões. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol), Flávio Werneck, tais caixões representam a quantidade de mortes de policiais federais por suicídio durante a gestão do atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O já famoso “elefante branco” das manifestações dos policiais também marcou presença no protesto de hoje.

Apesar do protesto, o Sindipol do DF decidiu interromper o período de 72 horas de paralisação e manifestações da categoria, conforme orientação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Tal recomendação foi dada depois que houve a sinalização da Casa Civil e do Ministério do Planejamento de avanços nas discussões das reivindicações da categoria, com agendamento de reunião para a quarta-feira (29).

Originalmente, a categoria havia programado protestos para os dias 22, 23 e 24 de outubro contra a MP 657, por reconhecimento do nível superior e por melhorias na Segurança Pública. Em cada Estado, os sindicatos decidiram se seguem ou não a recomendação da Fenapef, explica Werneck. Flávio Werneck explica que um dos principais pontos de queixa envolve a a Medida Provisória 657. “Essa MP retoma parte da PEC 37, que já havia sido rechaçada. Concentra o poder de investigação nas mãos de delegados, concentra o poder nas mãos de poucos”, cita.

As consequências serão negativas, defende Werneck, com uma “Polícia sem especialização” e com mais quantidade de casos nas mãos de poucos. “Essa MP é absurda, representa um retrocesso. Editada no apagar das luzes, ela afeta a Polícia Federal e compromete a reestruturação da segurança pública, uma de nossas principais reivindicações. Protestamos contra essa Medida, já chamada de 'MP do vazamento', feita a toque de caixa por pressão dos delegados em troca do não vazamento de informações de operações da PF que comprometem membros do atual governo”, havia comentado o presidente em exercício do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro (SSDPF/RJ), André Vaz de Mello.

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