A situação financeira da Guiné, um dos países afetados pela epidemia de ebola, já é considerada calamitosa, informou o presidente do país, Alpha Condé, após reuniões na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente da Guiné clamou que os líderes mundiais façam um esforço rápido para ajudar os países atingidos pelo ebola. Ainda segundo o presidente guineense, o país vai precisar de cerca de US$ 100 milhões até dezembro para cobrir o rombo no orçamento, que deve crescer caso o vírus não seja contido até o fim do ano. "A desaceleração da nossa economia devido ao ebola requer que a maioria dos nossos países (na África Ocidental) recebem algum apoio orçamentário. Será crucial que nós tenhamos apoio para que nossas economias não entrem em colapso completo", declarou Condé. O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o pedido de US$ 130 milhões de empréstimos sem juros que seriam divididos para a Guiné, Serra Leoa e Libéria, as nações da África Ocidental mais atingidas pela crise do ebola. A previsão de crescimento do PIB da Guiné, que chegou a US$ 6,2 bilhões em 2013, deveria crescer 4,6% neste ano, mas com a epidemia o valor foi reduzido em 2,5 pontos porcentuais.