Salvador sedia nesta quarta-feira (24) o “1º Simpósio de Doenças Raras e/ou Subdiagnosticadas”. O evento ocorre às 19h, no Auditório Jorge Figueira, do Hospital Santa Izabel e integra o programa de educação continuada do Serviço de Pneumologia da instituição. Segundo o coordenador do evento, o pneumologista Guilhardo Fontes Ribeiro, há doenças que são menos frequentes na população e consideradas raras, mas há muitas outras que carecem de melhor diagnóstico. Um dos exemplos de doenças mal diagnosticadas é a hipertensão pulmonar que, embora não seja rara, ainda é desconhecida por boa parte das pessoas. Segundo Fontes, a falta de ar durante atividades que exigem esforço é o sintoma mais precoce e frequente, com caráter progressivo. Outros sintomas que podem estar presente, de acordo com o nível de gravidade da enfermidade, são fadiga, síncope, dor precordial (dor torácica) e palpitações. Outra doença destacada pelo médico é a Pneumonia Necrotizante Adquirida na Comunidade. A patologia acomete 3% da população mundial jovem após gripe e tem evolução fulminante se não for tratada precocemente. O índice de mortalidade da doença varia de 35% a 70%, mesmo com uso de antibióticos considerados adequados. A Bronquite Eosinofílica é outro exemplo de enfermidades subdiagnosticadas. Alguns trabalhos atestam que de 10 a 30% da tosse crônica ocorrem por conta desta patologia. Um dos testes diagnósticos é a pesquisa de eosinófilos no escarro, que não se faz na rotina médica. Caso o resultado aponte percentual acima de 3%, com função pulmonar normal, excluí-se a asma como causa da tosse e o diagnóstico da Bronquite Eosinofílica é confirmado. Eosinófilos são células sanguíneas responsáveis pela defesa ou imunidade do organismo. Voltado para médicos e estudantes de medicina, o simpósio tem o apoio da Santa Casa de Misericórdia da Bahia.