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1 29/08/2014 16:26

A falta de funcionários dos Correios já está se tornando insustentável para a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e similares (Fentect). Desde 2012, concurseiros de todo o país esperam pela realização de um concurso público anunciado para vagas de carteiro e outros cargos dos níveis médio e superior.

No entanto, com o atraso considerável na divulgação do edital, a contratação urgente de mais trabalhadores tem sido uma das reclamações da Fentect na campanha salarial deste ano, que teve negociações iniciadas no começo do mês de agosto.

Em entrevista ao Folha Dirigida, o secretário-geral da entidade, José Rodrigues dos Santos Neto, revelou que se as negociações não avançarem até o dia 14 de setembro, há uma boa chance de existir uma greve nacional a partir do dia 17.

"Temos um calendário de negociação até 14 de setembro. Se até lá as partes não chegarem a um acordo, a possibilidade de greve nacional é concreta, a partir do dia 17", avisou.

Segundo José Rodrigues, há a necessidade de contratação de mais 35 mil carteiros, além de atendentes e operadores de triagem e transbordo, totalizando um número superior a 50 mil trabalhadores.

"Hoje, os Correios têm em torno de 127 mil trabalhadores em seu quadro próprio e ainda em torno de 30 mil terceirizados. Afastando os terceirizados, a necessidade é de 70 mil novos trabalhadores. O uso desses terceirizados é ilegal, proibida por lei. Há ações na Justiça, tanto da Fentect quanto de vários sindicatos do país, pelo fim da terceirização, mas, infelizmente, o Tribunal Superior do Trabalho tem agido como um tribunal político e tem garantido a terceirização nos Correios.", disse ele, que explicou a demora na publicação do edital do concurso para a empresa — o último aconteceu em 2011 —.

"A empresa não abriu ainda o concurso por conta da liminar judicial que prorrogou a validade do último. Enquanto isso, ela está chamando muito timidamente os aprovados que restam do concurso de 2011. E nesse momento, a empresa está fazendo um programa de demissão voluntária, que é direcionado aos aposentados que continuam trabalhando. Só por meio desse programa, estão saindo em torno de 9 mil trabalhadores, o que agrava mais ainda a carência de pessoal e a sobrecarga dos que estão ficando".

 
 
 
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