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1 20/05/2019 10:52

Cristina Pita

O pregoeiro Paulo Eduardo Leal do Nascimento, investigado pelo Ministério Público de Ilhéus, se entregou na manhã desta segunda-feira (20/5), na sede da 8a Promotoria de Justiça de Ilhéus e está, neste momento, em audiência de custódia. Segundo o Ministério Público, Paulo Eduardo Leal do Nascimento será transferido para o Presidio Ariston Cardoso, no município de Ilhéus.

De acordo com o promotor titular da 8a Promotoria de Justiça de Ilhéus, Frank Ferrari, 'o pregoeiro participava das fraudes às Licitações, sonegando os editais a terceiros interessados estranhos aos esquemas'. 

Paulo Eduardo Leal do Nascimento é um dos alvos da "Operação Xavier", deflagrada na última quarta-feira (15/5) com o propósito de reprimir crimes contra a administração pública, fraudes em licitações e contratos e lavagem de dinheiro, praticados entre os anos de 2011 e 2018 no âmbito da Câmara de Vereadores de Ilhéus. Paulo Leal teve mandado de prisão preventiva cumprido hoje, após se apresentar na Promotoria de Justiça do município. 

Além do pregoeiro e o vereador Tarcísio Paixão (PP), outras sete pessoas tiveram prisão decretada. Três delas foram presas na quarta-feira e outras duas seguem foragidas. Os presos são dois empresários e o ex-vereador e atual secretário de Agricultura e Pesca de Ilhéus, Valmir Freitas, que foi afastado temporariamente do cargo pela prefeitura. Já o vereador Tarcísio Paixão teve mandado de prisão preventiva cumprido na sexta-feira (17/5), após se apresentar na Promotoria de Justiça do município.

De acordo com informações do promotor Frank Ferrari, no total foram 7 mandados de prisão preventiva expedidos. "Destes, três foram cumpridos no dia 15/5 (dia da operação), um no dia 17 (apresentação de Tarcísio) e um hoje (apresentação de Paulo Leal). Seguem foragidos o vereador (e ex presidente da Câmara), Lukas Paiva, e o empresário Leandro Silva Santos (proprietário da empresa de Licitações)", ressaltou.

 'OPERAÇÃO XAVIER'

Coordenada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), a ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava na Câmara de Vereadores de Ilhéus. Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e da 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), atuaram na ação.

Além do cumprimento dos três mandados de prisão, os agentes também cumpriram dez de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus. O material, contando com celulares e documentos, foi encaminhado para o MP. Além dos presos, um vereador e sete servidores da casa legislativa foram afastados.

Segundo o MP-BA, os investigados estão envolvidos em organizações criminosas instaladas na Câmara e responsáveis por operacionalizar múltiplos esquemas de corrupção ao longo de sucessivas gestões na Casa Legislativa. 

Denominada "Operação Xavier", a ação resulta da continuidade de investigações de esquemas fraudulentos identificados pela "Operação Citrus", que revelou esquemas de corrupção praticados por agentes públicos com o apoio de empresas de assessoria contábil e de licitações, contratadas para maquiar documentalmente a prática dos diversos ilícitos apurados.

 

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