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1 15/05/2019 16:00

Basta um descuido na organização das finanças para cair na inadimplência e ver as dívidas virando uma verdadeira bola de neve. E com tempos de instabilidade econômica, a quantidade de brasileiros com nome sujo na praça só cresce. 

De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número de negativados avançou 2% no mês de abril, ante março, e mais da metade das pessoas entre 30 e 39 anos estão com restrição seus CPFs.

Nessa faixa etária, são mais de 18 milhões de brasileiros nos cadastros de devedores. “É justamente nessa fase da vida em que a corrida ao crédito acaba sendo inevitável, pois muitos já constituíram família, possuem filhos e assumem mais compromissos financeiros. Em um momento de crise, pode ser difícil equilibrar o orçamento se não houver controle e disciplina”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Vale também destacar que uma porcentagem significativa da população com idade entre 40 e 49 anos (43%) estar negativada. Entre os mais jovens, de 18 a 24 anos, a proporção cai para 16% ou 4 milhões de pessoas. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 33%.

Apesar da alta no número de inadimplentes, o levantamento registrou recuo no volume de dívidas pelo quarto mês consecutivo, o que demonstra ritmo de desaceleração. A sondagem mostra que houve uma queda de 1,23% em abril deste ano na comparação com 2018. 

Segundo o SPC Brasil, o avanço da inadimplência vem perdendo fôlego desde novembro de 2018, quando a variação foi de 6%. Ainda assim, o Brasil encerrou o mês com cerca de 62,6 milhões de pessoas negativadas. O dado representa mais de 40% da população adulta brasileira.

Maior parte das pendências está ligada aos bancos

A pesquisa revelou ainda que 52% da pendência dos brasileiros endividados está relacionada aos bancos, envolvendo dívidas com cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos. Em seguida aparecem os segmentos do comércio (17%), de comunicações (12%) e de água e luz (10%).

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, embora o crescimento da inadimplência no país ainda persista, é possível notar que o ritmo desse avanço está menor e acontece em paralelo com o crescimento do saldo de crédito, segundo dados do Banco Central. 

“Por muito tempo, o aumento da inadimplência foi mitigado pela restrição do crédito. Agora, a desaceleração acontece em um contexto de retomada das concessões, o que indica um cenário melhor para mercado do crédito”, afirma.

Tribuna da Bahia

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