Um levantamento apontou que, após a instalação de radares de fiscalização, o número de mortes em rodovias federais caiu 21,7%.
Os dados apontam ainda para uma redução de 15% nos índices de acidentes depois que os equipamentos foram instalados.
A pesquisa surge pouco depois de o presidente Jair Bolsonaro anunciar que os radares serão retirados das estradas conforme seus contratos de operação terminem.
O governo federal deveria estar assinando os novos contratos dos radares que substituem as antigas contratações.
Após a declaração do presidente, alguns trechos de estradas ficaram sem controle de velocidade, segundo as empresas do ramo.
Na quarta-feira (10/4), uma liminar da Justiça Federal determinou que nenhum radar fosse retirado de rodovias federais e que o governo prorrogasse por 60 dias os contratos perto de expirar. A decisão diz que não há dados técnicos que justifiquem o fim do serviço.
Na avaliação de especialistas, a retirada dos radares aumentará a insegurança em um país em que já morrem 37 mil pessoas no trânsito por ano.
O cálculo sobre a eficácia dos equipamentos considerou os acidentes e mortes registrados pela Polícia Rodoviária Federal entre 2007 e 2018 nos quilômetros de estradas que até o fim do ano tinham radares. *Folha