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1 11/07/2018 20:20

A produção industrial baiana teve queda de 13,7% em maio de 2018, comparada ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional (PIM-PF Regional), divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice de queda é o terceiro maior do país e representa pouco mais que o dobro da média nacional -- no Brasil inteiro, a produção caiu 6,6% (maio/2018 x maio/2017).
Foi o segundo pior maio da indústria no estado desde 2002 – superior apenas ao desempenho de maio de 2009 (-14,9%).

Nessa comparação, a produção industrial nacional caiu em 12 das 15 regiões pesquisadas, segundo o IBGE, sob influência tanto da paralisação dos caminhoneiros, que durou quase duas semanas, como do efeito-calendário, já que maio de 2018 teve um dia útil a menos do que maio de 2017 (22 dias).

A nível nacional, a Bahia só perde para Goiás (-15,7%) e Mato Grosso (-14,7%) na queda de produção na comparativa entre maio/2018 e maio/2017.

Janeiro a maio de 2018
 
No acumulado de janeiro a maio deste ano, a produção industrial baiana também ficou negativa (-1,3%), enquanto a média nacional se manteve positiva (2,0%).

Período de um ano
 
Já no acumulado dos 12 meses encerrados em maio (Jun/2017 a Maio/2018), a produção industrial baiana se mantém com variação positiva (0,2%), embora perdendo ritmo de crescimento em relação a abril (1,5%) e ficando bem abaixo da média nacional (3,0%).

Abril/2018 x Maio/2018
 
Comparado a abril de 2018, a produção industrial da Bahia em maio do mesmo ano recuou 15%. Foi a terceira maior queda dentre os 15 locais pesquisados pelo IBGE e uma retração mais intensa que a nacional (-10,9%).

O IBGE aponta que o resultado (abril/2018 x maio/2018) foi o terceiro pior para a indústria baiana, desde que foi iniciada a nova série da Pesquisa Industrial Mensal, em janeiro de 2002. Ficou acima apenas das retrações de novembro de 2003 (-18,3%) e abril de 2009 (-17,1%).

Ainda de acordo com a pesquisa, frente a abril deste ano, a produção industrial nacional caiu em 14 das 15 áreas investigadas pelo IBGE no país. O Pará foi o único estado em que o resultado da indústria ficou positivo (9,2%). Com desempenho piores que a Bahia ficaram apenas Mato Grosso (-24,1%) e Paraná (-18,4%).

Motivos
 
O recuo de 13,7% na produção industrial da Bahia, na comparação com maio de 2017, aponta o IBGE, foi resultado de desempenhos negativos tanto na indústria extrativa (-2,5%) quanto na de transformação (-14,2%), com retração em todas as 11 atividades pesquisadas separadamente no estado.

O principal impacto negativo veio da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que teve o maior recuo no mês (-33,7%), com forte influência da produção de automóveis. Foi a primeira queda da atividade, após aumentos seguidos da produção desde julho de 2017, período em que esteve sempre entre as principais influências positivas da indústria no estado.

Durante a greve de caminhoneiros, a Ford chegou a suspender a produção na fábrica da empresa em Camaçari, na região metropolitana de Salvador. As atividades só foram retomadas cerca de 10 dias depois. A empresa não divulgou quantos veículos deixaram de ser produzidos. A capacidade anual de produção da fábrica é de 250 mil carros.

A segunda influência mais importante para a queda na produção baiana foi a do setor de celulose, papel e produtos de papel, que registrou queda de 19,0%. A unidade tem capacidade anual de produção de 250 mil carros.

A fabricação de produtos alimentícios (-15,8%) foi a terceira influência mais forte no sentido de puxar a indústria baiana para baixo em maio, com destaques negativos para a produção de farinha de trigo; de cacau ou chocolate em pó sem açúcar ou edulcorantes; e de açúcar cristal.

G1

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