Mais um dia de manifestações dos caminhoneiros na Bahia, assim como em todo país. De acordo com a Via Bahia, há manifestação no km 617 da BR-324, na altura de Salvador, na manhã desta quinta-feira (24).
No local foi colocada uma sinalização no eixo da pista, e o tráfego está fluindo pela faixa esquerda, só não passa caminhões e carretas.
Ainda de acordo com a Via Bahia, também há protesto km 541, na altura de Amélia Rodrigues. No local também há sinalização no eixo da pista, o tráfego também flui pela faixa esquerda, só não passa caminhões e carretas.
Segundo a Bahia Norte, caminhoneiros bloqueiam os dois sentidos da Via Parafuso (BA-535), no km 10 da rodovia, na altura do Atakadão. Apenas veículos de passeio são liberados para trafegar. Equipes da Bahia Norte e da Polícia Militar estão no local.
Falta alimentos e combustíveis
A paralisação dos caminhoneiros tem provocado desabastecimento de combustíveis e de alimentos em diversos estados. Na Região Metropolitana de Salvador, a paralisação dos caminhoneiros fez com que um dos mais tradicionais centros de compras da cidade, a Feira de São Joaquim, passasse o dia com boxes fechados e poucas opções de frutas e legumes à disposição dos clientes. O vaivém e o burburinho de vendedores e clientes deram lugar a galpões esvaziados. No setor de hortifruti, a maioria dos boxes sequer abriu.
A BR-324, principal via de acesso a Salvador, foi bloqueada pelos manifestantes e produtos vindos do interior não chegaram à Ceasa, principal central de abastecimento que atende a capital.
Sem oferta, os preços das frutas e legumes aumentaram. A saca de cebola subiu de R$ 60 para R$ 80 e da batata de R$ 60 para R$ 110. Vendedores que compram produtos do Recôncavo deram mais sorte: a produção chega pela Baía de Todos os Santos e não foi afetada pela greve. A paralisação fez aumentar a demanda por produtos da região.
Em cidades do sudoeste baiano, como Vitória da Conquista, e da região da Chapada Diamantina, como Jacobina, motoristas fizeram filas em postos de combustível para abastecer os carros, diante da baixa oferta de gasolina.
Em Conquista, a rede de postos São Jorge, com seis unidades na cidade, reservou o restante do combustível em estoque para abastecer ambulâncias, viaturas da polícia e do corpo de bombeiros.
“Estamos com dois caminhões com combustível que não conseguiram nem sair da distribuidora. O prejuízo é enorme”, diz o gerente da rede, Erval Arruda.
Protestos pelo país
No Rio de Janeiro, a categoria faz atos de protestos em 14 pontos em cinco rodovias federais que cortam o estado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a maioria das manifestações ocorre nos acostamentos, onde os caminhoneiros param os veículos em fila.
Mas, a Via Dutra (BR-116), no km 204, em Seropédica, está apenas com uma faixa liberada, a da esquerda. O tráfego é lento nesse trecho, assim como em Barra Mansa, na altura dos km 267, 269, 274 e 276.
Outros pontos de manifestação são: BR-101 Norte (em Campos, no km 75); BR-101 Niterói-Manilha (Itaboraí, entre kms 296 e 297); BR-493 (Itaboraí, próximo a Trevo da Manilha); BR-393 (em Paraíba do Sul, no km 182; em Volta Redonda, no km 281; e em Barra do Piraí, no km 247); BR-465 (em Nova Iguaçu, no km 17) e BR-116 Rio-Teresópolis (em Guapimirim, no km 104, e, em Teresópolis, no km 54).
A PRF informou que multará qualquer veículo que, deliberadamente, restringir o tráfego. A multa chega a R$ 5.689,40.
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