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1 14/05/2018 21:30

Apesar dos avanços da medicina e do maior esclarecimento, junto à sociedade, quanto as suas causas e conseqüências, a AIDS (Sindrome da Imunodeficiência Adquirida) ainda é pode ser considerado um problema já que o número de casos vem aumentando nos últimos anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de registros em 4% entre os anos de 2015 e 2016 (36.360 contra 37.884).

No estado da Bahia, desde 1984, quando foi registrada a primeira notificação, a Secretaria de Saúde (Sesab), contabilizou mais de 32 mil casos de AIDS, sendo mais da metade dela em homens. Em 2017 foram notificados 1.074 casos sendo 724 em homens e 350 em mulheres. Já até o mês de maio deste ano, já foram contabilizados 206 casos, 144 em homens e 62 em mulheres.

Ainda conforme o órgão estadual, no período no período compreendido entre 2007 e 2016, foram registrados 18.600 casos, com a taxa de detecção apresentando tendência de crescimento. Nesse mesmo tempo, o índice passou de 10,7 para 12,4 casos por 100 mil habitantes, apresentando uma média, no período, de 12,7.

Segundo o infectologista Claudilson Bastos, ao contrário do que geralmente é difundido, a AIDS não é uma doença, mas sim, uma síndrome na qual algumas doenças pode se manifestar diante dela. “Classicamente, ela se apresenta com perda de peso acentuada, diarréia crônica e candidiase/moniliase oroesofágica, popularmente conhecida como sapinho. Porém, ela pode apresentar várias infecções denominadas oportunistas que se apresentam devido a baixa resistência do organismo”, explicou.

Ainda de acordo com o especialista, alguns fatores como organismo, genética e qualidade de vida podem ser fundamentais para que o vírus HIV acabe comprometendo o sistema imunológico do indivíduo. Por isso, a principal dica para evitar a exposição é a realização de sexo seguro com preservativo. Compartilhamento de seringas, transfusões de sangue e da mãe para o filho – durante a gestação, por exemplo – são outras maneiras de infectar outras pessoas com o vírus.

Contudo, os avanços na medicina, que possibilitaram a criação de novas drogas – denominadas antiretrovirais –, trouxeram uma nova realidade aos pacientes, melhorando a sua imunidade por mais tempo. Se antes era necessário o uso de um coquetel de medicamentos para impedir o progresso da AIDS, atualmente o paciente pode realizar o tratamento consumindo apenas um comprimido uma vez por dia, tendo menos efeitos colaterais do que antigamente. Contudo, vale reforçar que a AIDS ainda não tem cura.

Tribuna da Bahia

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