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1 12/02/2018 17:40

Quem pensou que as pedras do Largo do Pelourinho e sua inclinação preponderante seriam obstáculos para as famosas rodinhas do BaianaSystem, se esqueceu que seus fãs seguem firme na batalha. A banda atraiu uma multidão de pessoas na madrugada deste domingo (11) e encerrou as apresentações do quarto dia do Carnaval do Pelô.

Antecipando os saltos que viriam com a batida da guitarra baiana, a cantora Virgina Rodrigues fez a abertura do show da banda cantando a música Juízo Final. O convite para participação da cantora surgiu de Russo Passapusso e Roberto Barreto. “Eu me tornei fã da banda e não podia deixar de vir. A expressão deles no palco e a linguagem que eles utilizam para se comunicar com os jovens são coisas que realmente valem a pena”, defende Virginia.

Do Carnaval de trio para o Carnaval do palco, a diferença é pouca,quase nada. A vibração contagiante dos foliões se encaixa em qualquer parada, seja na cidade alta ou na cidade baixa. Afinal, há oito anos que os primeiros caminhos que os fãs do BaianaSystem percorreram para escutar o novo som que surgia no pedaço foram nas ruas do Pelô.

“O Pelourinho é a casa do Baiana. A banda se fez tocando nesses largos, foi onde aprendemos a falar com o público e a tocar nossas músicas. Para a gente, faz todo sentido, energeticamente e musicalmente falando,tocar aqui”, destaca o guitarrista Roberto Barreto,que também idealizou a banda. 

O ditado popular “um bom filho a casa torna” cabe tanto aos músicos da BaianaSystem quanto ao rapper Vandal, que fez participação especial durante o show, incluindo na música Jah Jah Revolta. Vandal é cria das ruas do Centro Histórico. “É muito signficativo tocar aqui porque sei que toco para minha família, para meu povo que vive nessa região. Então, é o certo pelo certo, assim como a canção que participei. É tempo de luta”, conclui o rapper. 

Diversidade 

Antes do show do BaianaSystem, a noite no Largo do Pelourinho teve início com o cantor Mateus Aleluia e as cantoras Ana Mametto e Rita Beneditto, que juntos fizeram a Folia Afro Brasileira. Eles apresentaram um repertório completamente voltado para um louvor às entidades africanas e afro-brasileiras. Indo para ritmos completamente diferentes, também passaram pelo palco principal Ronei Jorge, Giovani Cidreira e Maglore, marcando a presença do pop rock e da MPB na folia.

A programação também seguiu com todo o gás nos demais largos do Pelô. O baile infantil do dia foi comandado pela banda PUMM – Por um Mundo Melhor, que agitou pequenos foliões trajados de personagens como unicórnios, super-heróis e bailarinas. Já à noite, o largo foi da filarmônica, com Zeca Freitas e Orquestra, ao axé music, com Missinho, um dos pioneiros do gênero, e ao rock, com Márcio Melo. No Largo Tereza Batista, ecoou a voz potente de Aloísio Menezes, seguido pela animação de Carlos Pitta & Bando Anunciador no segundo dia do projeto A Praça do Frevo Elétrico. Já no encerramento, o cantor de reggae Zabah Bush levou um ritmo cadenciado e letras que pregam a paz, amor e a igualdade. No Largo Quincas Berro d’Água, o público pôde curtir os shows da banda Lateral Elétrica, tocando músicas dos antigos carnavais, Kelly Cristina, que representou o arrocha, e da cantora de samba Marizélya.

As ruas também se tornaram palcos, prosseguindo movimentadas por diversos grupos culturais, dentre os quais se destacaram filarmônicas como a Oficina de Frevos e Dobrados, dando ao público o prazer de ouvir canções clássicas da cultura afro baiana ao som de instrumentos como flautas e clarinetas. Quem também marcou presença na programação foi a Orquestra Os Franciscanos. O nome é uma referência à cidade de São Francisco do Conde, de onde são originários

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