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1 24/10/2016 21:40

Quando o time decepciona ou tropeça, o torcedor fica chateado a semana inteira, até o próximo confronto. Cheios de esperança que o Bahia venceria o Oeste com facilidade, o torcedor tricolor ficou frustrado com o empate em 1x1 e alguns chegaram a jogar a toalha. Mas ainda é cedo. No próximo sábado (29), às 16h, o Bahia enfrentará o Ceará na Fonte Nova e pode voltar ao G4 caso vença seu jogo e conte com derrota ou empate de Náutico e Londrina.

É apegado nisso que o lateral Eduardo não se deixa contaminar com desânimo. "São seis finais onde devemos buscar o algo a mais. E não há motivação maior do que estar vivo. Futebol é vida. Queremos vencer e é esse o nosso objetivo. Todo jogador fala que todo jogo é decisivo, porque realmente é. Não depende só da nossa vontade. Esse jogo é a primeira final. Um divisor de água. É para matar ou morrer. Para ser claro e reto. Agora é matar ou morrer. Não tem mais espaço para lamentações, tropeços ou erros", decreta.

Para levantar o astral até do mais descrente torcedor, o Bahia tem ao seu favor o bom desempenho na Fonte Nova. Melhor mandante da Série B, o tricolor soma 16 jogos em casa, com 12 triunfos, dois empates e apenas duas derrotas. O último revés diante do torcedor foi no dia 5 de julho, quando o time, já sob o comando de Guto Ferreira, perdeu para o Vila nova por 1x0.

Pode parecer clichê chamar o torcedor de 12º jogador, mas segundo Eduardo, ter milhares de vozes empurrando o time faz diferença. "Não é que só vencemos em casa. Em casa temos o apoio do torcedor. Fora de casa os adversários têm nos respeitado muito e dificultado nosso trabalho. Aqui, estamos acostumados com o terreno e os adversários só pensam em se defender. Temos que por o pé no chão e saber da nossa limitação", admite ele ao lembrar da fragilidade do Bahia como visitante - foram 16 jogos, com apenas dois triunfos, seis empates e oito derrotas.

Com ou sem emoção?

Uma das maiores mentiras quando o assunto é o Bahia, é um dos versos dos Novos Baianos que, na música 'Campeão dos Campeões' pergunta: 'quem é que tranquiliza os corações'. O Bahia pode ser mestre em emocionar, empolgar, mas tranquilizar, definitivamente, não é o que o clube tem feito pelo seu torcedor.

Sem tranquilidade, a pressão só aumenta. E, justamente por conta disso, Eduardo quer ver um time aguerrido contra o Ceará. "A pressão realmente aumentou. Sabemos disso. Sabemos que é guerra e cada lance tem que ser como se fosse o último. O que passou, passou. Não vamos ficar lamentando e vamos pensar para frente. É ir com o coração na ponta da chuteira. É a nossa carreira em jogo. Ficaria muito frustrado se não conseguir, mas eu vou conseguir. Se você confia no seu trabalho, os resultados vão vir", pede.

Nada está perdido. O Bahia é o 6º colocado na Série B, com 50 pontos. Quando entrar em campo, o Esquadrão já vai saber se tem chances ou não de entrar no G4. Na sexta-feira (28), acontecem os dois jogos que interessam ao time de Guto Ferreira. Às 18h15, o Londrina, que ocupa a 4ª colocação com dois pontos a mais que o Bahia, enfrenta o Criciúma fora de casa. Já às 20h30, o Náutico recebe o Atlético-GO. O alvirrubro tem apenas um ponto a mais que o Bahia e é o 5º. Caso o Bahia vença e esses dois adversários diretos na briga por vaga no G4 percam ou empatem, a vaga entre os quatro melhores passa a ser do tricolor.

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