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1 04/07/2015 15:14

Este sábado é dia de clássico - ou do 'Ba-Vi da gangorra'. O apelido diferente vem da oscilação das equipes na Série B. Desde a 5ª rodada, a dupla baiana tem se alternado na tabela na briga pelo G-4.

Logo mais, às 16h30, no Barradão, pode ocorrer nova mudança. Caso o Vitória (6º) vença, passará mais uma vez o rival, que começou a 10ª rodada em 3º. Por sua vez, se o Tricolor ganhar, para a gangorra e permanece no G-4 (confira o sobe e desce na infografia ao lado).

A gangorra também funciona no aspecto técnico. Se no primeiro semestre o Vitória ficou marcado por uma defesa pouco vazada e um ataque limitado, a situação se inverteu na Série B. Já o Bahia, que chegou a brigar pelo título de melhor ataque do país nos primeiros quatro meses, agora é quem sofre para balançar a rede, enquanto conta com o bom desempenho da zaga.

Desde o início do ano, o setor ofensivo foi uma dor de cabeça no Leão. Nos 20 jogos disputados até o início da Série B, a média de gols foi de 1,45 por embate. Foram 29, contra 14 efetuados na Segundona. A média pulou para 1,55.

O centroavante Elton é outro exemplo da melhoria no ataque. Em 12 jogos no primeiro semestre, o camisa 9 comemorou apenas dois gols. Na Série B já são quatro. Com a chegada do artilheiro Robert, que senta no banco hoje, o técnico Vágner Mancini espera um crescimento ainda maior. Ele até garante que Elton e Robert podem atuar juntos.

"Dá certo, sim! O Robert joga como um falso meia. Então, não está descartada a entrada dele e a permanência do Elton na equipe no decorrer do jogo", disse o treinador.

Com o terceiro melhor ataque da Série B, perdendo só para Botafogo e Macaé, o Leão sabe que vai enfrentar uma defesa sólida no lado tricolor. Porém, Mancini assegura que está trabalhando para que a boa fase ofensiva do seu elenco continue prevalecendo.

"Espero que o ataque leve vantagem e que a gente possa balançar a rede. Há a necessidade de orientar os atletas para ter atenção no começo para que você possa ter sempre o controle do jogo", analisou.

Se o ataque é motivo de orgulho, a defesa merece cuidado. Apesar dos vexames do primeiro semestre, o Vitória teve uma média de 0,9 gols sofridos em 20 jogos. Já na Segundona, o número subiu para 1,11. Dos nove jogos na Série B, o Leão só não levou gol em uma oportunidade, no triunfo por 2 a 0 diante do ABC.

Oscilação tricolor

No Bahia, a gangorra dos números também trabalhou pesado, mas no sentido inverso. Nas competições do primeiro semestre, o Tricolor ficou marcado por ser o time que sofria muitos gols, mas, ao mesmo tempo, marcava quase o dobro, e assim vencia seus jogos. Desde que a Série B começou, porém, a cara do Esquadrão de Sérgio Soares mudou. O ataque não chama mais tanta atenção e é a defesa quem tem garantido os triunfos.

Nos quatro meses de Campeonato Baiano, Copa do Nordeste e de primeira fase da Copa do Brasil, foram 51 gols em 26 jogos, o que dá a média de 1,96 por partida. Dos 26 jogos, o Tricolor ficou apenas seis (23%) sem marcar.

Por outro lado, o Bahia não conseguiu, no primeiro semestre, encontrar uma zaga fixa: Chicão, Thales e Robson se revezaram na dupla com Titi. Em parte, a indefinição se deu por conta do constante vazamento. O Tricolor sofreu média de um gol por partida (26 em 26 jogos). Em 38% dos duelos a defesa acabou vazada.

A situação começou a se inverter na estreia na Série B, contra o América-MG. Kieza se machucou e ficou de fora de sete partidas. O camisa 9, que vinha com 14 gols, não marcou mais desde então. A ausência do artilheiro influenciou todo o time, que fez 14 gols em 11 jogos. A média caiu para 1,27. Dos 11 duelos, o time saiu sem marcar em quatro. Nos últimos seis confrontos, só fez três.

Sendo assim, quem tem garantido o Esquadrão no G-4 é a defesa, que firmou a dupla Titi e Robson e festeja a boa fase do goleiro Douglas Pires. Foram cinco gols sofridos em 11 jogos por Segundona e Copa do Brasil, média de 0,45 por partida. Dos 11 duelos, a equipe não sofreu gols em sete (63%).

"É um número expressivo. Ter esse desempenho mostra o equilíbrio da equipe", elogiou o técnico Sérgio Soares. "Vamos enfrentar um adversário forte no ataque, e isso será importante para consolidar a performance", completou.

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