Esportes

1 28/05/2015 14:12

A Confederação Asiática de Futebol (CAF) reiterou hoje (28) seu apoio ao presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e se opôs ao adiamento das eleições para definir o comando da instituição, previstas para amanhã (29), apesar da detenção de sete dos dirigentes por corrupção.

A CAF, que em 2012 suspendeu o seu ex-presidente Mohamed Bin Hammam por corrupção, é o terceiro bloco regional na FIFA, com 47 países-membros e considerada uma aliada do atual presidente.

"A Confederação Asiática de Futebol expressa a sua decepção e tristeza pelos acontecimentos de quarta-feira, em Zurique, ao mesmo tempo que se opõe a qualquer adiamento nas eleições presidenciais da Fifa de sexta-feira, 29 de maio", disse a CAF, em comunicado.

"[Somos] contra qualquer forma de corrupção no futebol", disse. “[Apoiamos] totalmente as ações tomadas pelo comitê independente de ética da Fifa, seja onde for que tenham sido os crimes, afetem ou não dirigentes asiáticos", acrescentou.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da Fifa, por conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que são investigados pagamentos de subornos no valor de US$ 151 milhões (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da Fifa, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman e que é também presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas(Concaf), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Entre os dirigentes indiciados estão o brasileiro José María Marín, membro do comitê da Fifa para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Cayman.

A Fifa suspendeu provisoriamente 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa e supostamente informante da Procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin ontem (27), num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da Fifa, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al Hussein, da Jordânia.

As autoridades suíças abriram investigação para verificar a definição das sedes dos mundiais de 2018 e 2022, na Rússia e no Qatar, respectivamente.

 

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