Esportes

1 30/01/2015 23:08

Na prática, o capitão do time de futebol tem apenas uma função: escolher o lado do campo ou saída de bola no sorteio da moedinha. Nem tem a obrigação de levantar a taça do título. Entretanto, a função do cara de braçadeira vai além e diz respeito à liderança. Neste ano, a dupla Ba-Vi inicia a temporada com Titi no lado tricolor e Escudero como o líder rubro-negro.

Enquanto o zagueiro do Esquadrão de Aço reconquista o posto depois de ter a patente rebaixada em 2013, o argentino foi recentemente promovido pelo comandante e técnico Ricardo Drubscky.

Curtindo o status nos dois jogos preparatórios, o meia se sente preparado para o papel de orientar o grupo no gramado. Durante a semana, ele teve diversas conversas com o treinador e se mostrou confiante. "É uma responsabilidade que posso ter sem nenhum problema", resume.

O desejo de Escudero é vivenciar o momento mais emocionante de um capitão: levantar o troféu de campeão. O último a fazer isso no Leão foi o volante Michel, no Estadual de 2013. O gringo estava naquele grupo e pretende reconquistar a hegemonia local.

"Temos que pensar no título baiano e também no da Copa do Nordeste antes da Série B, que é nossa meta principal do ano. Por isso temos que viver cada campeonato com muita intensidade para obter sucesso. Precisamos disso pra resgatar a alegria dos rubro-negros", afirmou.

Em 2013 o goleiro Wilson foi capitão. No ano passado, deixou a função em agosto, quando se machucou. O aguerrido Richarlyson assumiu a tarefa, porém o time aparentava estar sem comando. Um bando que acabou rebaixado no Campeonato Brasileiro.

Capitão nato

Num treino de futebol, normalmente é a voz do técnico a que predomina. No Bahia, há algo a mais. Quando o treinador apita, é a voz de Titi a que se sobressai, orientando, aos gritos, os colegas. É ele quem toma a frente para que o time coloque a teoria em prática.

Mesmo após perder a braçadeira para o goleiro Marcelo Lomba, há dois anos, o zagueiro não abriu mão da postura. Segundo ele, não se tratou de escolha. "É uma característica minha, que faço independentemente de estar como capitão ou não", conta. "Gosto de orientar, de chamar a atenção, manter todo mundo ligado, porque sei que assim fico ligado também", completa.

Em 2015, Titi está liberado para berrar à vontade. O técnico Sérgio Soares nomeou o zagueiro para ser mais uma vez o capitão. "Eu me sinto honrado. Vestir essa camisa sempre foi motivo de alegria para mim, e ser capitão de uma nação é muito gratificante", comemora. "Já sei da responsabilidade que isso me traz, mas também me sinto mais preparado do que nos anos em que estive à frente da equipe anteriormente", enfatiza.

Ele chegou ao Fazendão em janeiro de 2011 e herdou a braçadeira pouco depois, quando o zagueiro Nen acabou afastado. Só largou a faixa no início de 2013, após queda precoce no Nordestão, por decisão do técnico Jorginho.

Essa mudança não abalou Titi. "Naquele momento não procurei saber por que perdi a braçadeira, mas sei porque eu voltei a ser capitão", diz. "Isso é fruto do meu trabalho, da dedicação imensa que tenho e da cobrança que me faço diariamente. Sei que será um grande ano não só para mim, mas para toda a equipe".

Rua Tiradentes, 30 – 4-º Andar – Edf. São Francisco – Centro - Santo Antônio de Jesus/BA. CEP: 44.571-115
Tel.: (75) 3631-2677 - A Força da Comunicação.
© 2010 - RBR Notícias - Todos os direitos reservados.