Esportes

1 22/12/2014 22:52

Em março deste ano, a ginasta Camilla Gomes se mudou do Brasil para os Estados Unidos com objetivo de treinar para um melhor desempenho nos Jogos Olímpicos de 2016. Eleita a melhor do país em 2014 na ginástica de trampolim, a jovem de 20 anos voltou ao Brasil para rever a família e receber o Prêmio Brasil Olímpico, que acotneceu na última terça-feira (22), no Rio de Janeiro.

Camilla afirma que encontrou uma melhor estrutura nos Estados Unidos e, por conta disso, não pensa mais em voltar. "Moro em Nova Jersey e minha rotina de treinos lá é puxada, são duas vezes por dia, de manhã e à tarde, e três vezes por semana faço o cross fit para preparação física, direcionado para a modalidade. A visão do esporte é outra, a estrutura deles é muito melhor que a nossa", conta. "Meu ginásio lá tem nove trampolins, no Brasil, apenas um e é para a seleção inteira. Foi a melhor escolha que fiz. Como participamos de torneios internacionais, conhecemos técnicos e atletas de todos os lugares", acrescenta.

Na atual seleção, como conta Camilla, outros atletas também já buscaram a preparação no exterior como alternativa à falta de estrutura para a modalidade no Brasil. "A seleção tem eu e mais três meninas atualmente e dois meninos que são mais velhos, tem 28 e 29 anos, e já competem desde 2000 no time. Todo mundo treina junto no Rio, mas o Rafael (Andrade) foi para a Inglaterra treinar, ficou três meses. A Joana foi comigo em março, ficou seis meses e voltou. Eu continuei e minha ideia é ficar lá. É muito diferente", completa.

Entre as principais conquistas que fizeram com Camilla fosse eleita a melhor do Brasil, estão o terceiro lugar no Pan de ginástica de trampolim, o Campeonato Brasileiro e a classificação do time brasileiro para o Pan-Americano de Toronto, no Canadá, em 2015. Os nomes dos atletas que irão para a competição canadense sairão de uma seletiva nacional, já que as vagas são do país.

A ginasta lamentou o fato de não ter conseguido chegar à decisão no Mundial. "Não peguei a final por erros meus. A cabeça não deixou, mas ano que vem vai dar tudo certo. Penso muito em 2016, desde que começou o ciclo em 2012, que foi quando entrei para a seleção. Tranquei a faculdade de Administração para treinar mais vezes ao dia e me preparar melhor. Acho que temos que botar os objetivos na cabeça e o que precisamos fazer para alcançá-lo", revela.

Camilla pratica a ginástica de trampolim desde os sete anos de idade. Ela começou na ginástica olímpica, mas se interessou pela outra porque começou a treinar em um equipamento que havia em seu ginásio e foi chamada para a equipe. A ginasta sonha que, no futuro, sua modalidade seja tão conhecida quanto a ginástica artística, praticada por Jade Barbosa, Daniele e Diego Hypolito, Arthur Zanetti, entre outros nomes célebres da ginástica artística.

"A ginástica de trampolim não é tão conhecida quanto a artística. Muita gente conhece e é apaixonada pela artística e quando a gente fala de trampolim, as pessoas perguntam se é de piscina, porque não fazem ideia do que é. Então eu espero que com os resultados bons consigamos ampliar mais o esporte", conclui.

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