1Na ótima campanha do ano passado no Campeonato Brasileiro, quando o Vitória foi 5º colocado, o técnico Ney Franco se notabilizou pelo futebol ofensivo que imprimia no time, sobretudo no segundo tempo, quando abria mão de um volante para colocar mais um atacante em campo.
A filosofia seguiu neste ano, mas acabou encontrando um entrave no jogo contra o Cruzeiro, no último dia 19. A partida estava em 0x0, quando o técnico tirou o volante Luiz Gustavo e colocou o atacante William Henrique. O Leão acabando sofrendo um gol e saiu derrotado.
Na situação que o Vitória se encontra na Série A, na 16ª colocação, à beira da zona de rebaixamento, qualquer ponto é importante. Assim, Ney parece disposto a deixar suas convicções um pouco de lado em nome da permanência do Leão na 1ª divisão.
Sem Dinei, machucado e provavelmente fora da partida deste sábado, às 18h30, em Porto Alegre, contra o Grêmio, Ney Franco escalou um time com quatro volantes no coletivo realizado ontem, na Toca do Leão.
José Welison, Luiz Gustavo, Cáceres e Richarlyson formaram a zona cerebral do time praticamente em linha, deixando Vinícius e Edno mais soltos para atacar.
Depois, no meio da segunda parte, ele voltou a escalar o paraguaio Beltrán como centroavante - como havia feito na terça - e colocou Juan no meio, puxando Richarlyson para a lateral. Mansur e Luiz Gustavo foram sacados do time de cima.
"Na primeira parte, joguei mais solto. E na segunda, tive mais que acompanhar o lateral, jogar marcando. Mas eu consigo fazer as duas funções na boa", garantiu Vinícius, que espera uma marcação forte do time gaúcho. "Vou ter que movimentar. Tenho certeza que, quando eu for coma bola dominada, vão ter dois ou três na minha cola", disse.
Ney Franco já havia dado indícios de mudança de postura no triunfo por 3x1 contra o Criciúma, no último sábado, quando, após o time marcar o segundo gol, ele sacou o centroavante Dinei e colocou o zagueiro Ednei em campo.
Para Vinícius, o momento é de esquecer os números e se concentrar em trazer ao menos um ponto para Salvador. "Eu não acredito muito em matemática. Acredito que você tem que se concentrar e ganhar os jogos. A gente tem que fazer o dever de casa, sair e, se não ganhar a partida, pelo menos empatar. Quanto antes a gente chegar aos 45 pontos vai ser melhor para a nossa equipe", analisou.
Se a presença de Dinei e a formação que Ney Franco utilizará são incertas, o treinador sabe que não poderá contar com os meias Escudero e Marcinho, que seguem entregues ao departamento médico, e Adriano, emprestado pelo Grêmio. Ayrton, retornando de lesão, deve ficar como opção no banco de reservas.
iBahia
