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1 22/05/2018 21:09

Apesar do sufrágio do voto ser secreto em nosso Brasil, quero dizer que o sigilo é adotado para proteger o eleitor, o que não é o meu caso, pois nada tenho a esconder sobre as minhas pretensões eleitorais. Esse preâmbulo é apenas para esclarecer, de antemão, que não sufraguei o seu nome na urna eletrônica no ano de 2016, o que deve ser de dito sem qualquer receio. E disto muitos sabem, ou, pelo menos, desconfiam, pois foi uma escolha pessoal e como tal deve ser respeitada.

Estamos em 2018, portanto muito tempo já passou, e como morador de Canavieiras me reservo ao direito de viver com dignidade, cumprindo minhas obrigações de contribuinte e exigindo meus direitos como cidadão. Como sou brasileiro, sei que não tenho muito a cobrar, a não ser aquelas coisinhas básicas dos serviços essenciais a que todos deveremos receber dos entes federativos, no caso em questão da Prefeitura, como coleta de lixo, água tratada, energia elétrica e ruas que permitam livre movimentação.

No meu caso, em particular, o problema que me aflige com mais constância é o quase permanente situação de alagamento da rua Barão de Cotegipe, aqui no centro da cidade, mesmo quando São Pedro não abre a torneira com toda a vontade. E São Pedro não pode ter culpa em cartório pelas constantes cheias, principalmente quando a pluviosidade não chega a amedrontar qualquer cidadão nordestino, como é o meu caso, acostumado às intempéries de toda a sorte.

Na verdade, se reclamo não são das providências divinas, das quais cito São Pedro como o chaveiro do céu, responsável pelas torneiras que mandam águas para o nosso mundão de meu Deus, além de cuidar dos peixes para não deixar nós e os pescadores não mão. Tem gente que não acredita nisso, como os que protestam contra a religião católica, que nem mesmo reconhecem os santos, apesar de participarem dos benefícios dos seus milagres e festejos aqui na terra.

Meu problema é bem mais simples e não chega a ser considerado estrutural, devendo ser classificado pelos engenheiros como de manutenção e que depende apenas e tão somente de uma simples limpeza na rede pluvial, coisa de somenos importância se analisado em relação à ordem financeira. Porém, caso não seja realizada, causa transtornos incalculáveis aos moradores da urbes canavieirense. Coisa de prevenção, um simples agendamento dos serviços antes do período chuvoso.

Não quero nem me atrevo a dizer que a culpa pelo problema que aflige a população da referida rua seja culpa exclusiva da administração pública municipal, como credito, em parte, aos moradores, que jogam lixo fora de hora, e depositam material de construção – areia, brita, argila e resto de obra – na rua. Mas, quem é que tem o munus de disciplinar essas atitudes que não o poder executivo municipal? Basta fiscalizar e enquadrar os infratores, punindo-os nos rigores da lei.

Prefeito, não me leve a mal quando faço essa cobrança, pois ao fazê-la estou apenas utilizando o meu direito de contrapartida dos tributos pagos, nas mais variadas formas. Tenho consciência dos conceitos de imposto, taxas e contribuição de melhoria, daí que não particularizo pedidos, individualizando ou fulanizando o caso em questão, mas tão somente requerendo a aplicação dos recursos do erário (por ser público) para atender a comunidade (também pública).

De antemão, faço aqui um mea-culpa por não ter participado das audiências públicas para debater a aplicação dos recursos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o Plano Plurianual PPA), e a Lei Orçamentária Anual (LOA), para a alocação dos recursos. Mas posso aqui lançar uma simples proposta, pois acredito que será aceita por todos os meus vizinhos, trocando os recursos gastos (ou investido, como queiram) de um dia de Carnaval para a execução da limpeza e conserto na nossa rede pluvial.

Sei que talvez essa minha singela proposta não tenha a adesão esperada junto à administração municipal, bem como a uma parte da população da cidade, que prefere os festejos momescos a um simples reparo numa rua alagada, mas o que há de se fazer. Afinal, nem Jesus Cristo agradou e agrada a todos. De minha parte, prometo continuar colaborando, seja com o pagamento dos tributos por mim devidos e até fazer uma festa quando os problemas forem resolvidos.

Como é do costume e da tradição de Canavieiras, soltaremos alguns fogos na entrega dos serviços, mesmo sabendo que político que se preza não gosta de realizar ou inaugurar obras que ficam enterradas, pois não oferecem atrativos aos olhos dos eleitores. Senhor prefeito, de minha parte, não considere atrevimento essas mal traçadas linhas, por ser apenas um objeto de reivindicação de um munícipe (ou contribuinte), que honra seus compromissos e que ver sua cidade oferecendo tudo de bom aos seus cidadãos.

E.T. - Não acho necessário mandar as fotos do local, por terem circulado nos veículos de comunicação e nas mais variadas redes sociais.

Radialista, jornalista e advogado.


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