Colunas

1 16/05/2018 20:32

Incrível como as coisas acontecem neste nosso Brasil, principalmente quando o tema é a política. Com muita facilidade e de acordo com os interesses de cada um, se confunde política com o ideário, bandeiras de lutas e propostas de cada partido, como se fosse uma política de Estado. O pior e ridículo, é que essas proposições são passadas de forma sub-reptícia como se a proposta partidária estivesse acima dos interesses da Nação.

Não é chover no molhado, mas é sempre bom lembrar que a democracia (como aprendemos desde a escola) é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo, isto é, através dos seus representantes escolhidos pelo voto. Infelizmente, nem sempre é o que acontece, dados os subterfúgios existentes em Brasília, onde imperam os decretos presidenciais e as medidas provisórias.

E nessa prática desvirtuada, mesmo com o fim do decreto-lei na chamada constituição cidadã, esses institutos imperam de forma generalizada, reduzindo as decisões ao gosto de meia dúzia de oportunistas. Digo isso e mostro o exemplo desse monstro criado pelo governo petista de Lula, quando instituiu, por um simples decreto, as Reservas Extrativistas, incluindo a de Canavieiras.

Criada de forma antidemocrática, cheia de imperfeições e fraudes, a Resex está promovendo a morte da vida econômica e social da cidade, através da vontade de uma pífia minoria. Tudo coordenado por funcionários públicos federais, que inclusive deixam o seu trabalho para orientar passeatas e manifestações nas ruas de Canavieiras, como se fossem intimidar a população.

Agora, de maneira acertada, o vereador canavieirense Professor Vitor Fábio solicita a realização de uma Audiência Pública para analisar a tal da Portaria 313, de 12 de abril de 2018, publicada pelo ICMBio. De passagem, é bom que se diga em alto e bom som, que o tal presidente do ICMBio não possui prerrogativas para assinar tal documento, sem qualquer fundamento científico e reservado apenas aos ministros de Estado. Mas o fez.

Aprovada pelos seus colegas vereadores, a Audiência Pública foi marcada para o dia 15 de maio de 2018, quase um mês após o pedido e anunciada a exaustão por carros de som, emissoras de rádio e redes sociais. Na data aprazada, todos os segmentos sociais interessados presentes ao plenário da Câmara Municipal – inclusive os marajás mantidos pela Resex e ICMBio, quando este pedem, de maneira petulante e deseducada, para que a reunião seja suspensa.

A alegação era a de sempre: eles entendem que ali na Casa do Povo, o prédio do Legislativo não seria o local apropriado, pois no entender (lá deles) o lugar perfeito para a realização seria a praça pública. A título de lembrança para refrescar a memória dos senhores, historicamente, a praça tem sido o espaço mais desprezado por eles quando promovem suas fantasiosas assembleias e reunião.

Sim, esses seus encontros sempre são em locais escondidos dos interessados que não lhe interessam, pois livres de olhares curiosos e indesejáveis podem agir à vontade, comunicando em seguida a pauta aprovada. Às vistas da sociedade demonstram medo de debater por não estarem acostumados ao trato e comportamento democrático, agindo de forma covarde com os que ainda acreditam nas suas promessas e ideologia.

Covardemente, alegaram ao presidente do Legislativo não se sentirem seguros no âmbito do plenário da Câmara, além de outras hipocrisias, como não terem sido convidados para a audiência. Nada mais falso, nem mesmo uma nota de três reais. Prova é que no dia anterior colocaram veículo de som nas ruas convocando para a reunião, além de arregimentarem a turma da mortadela para desfilar nas ruas gritando palavras de ordem.

Rechaçada a indecorosa proposta, foi assegurada pela Presidência da Câmara a garantia e segurança no plenário e a palavra a todos os representantes de entidades ligadas à permanência da Resex. Não aceitaram e, ainda por cima, enganaram seus seguidores, com a notícia falsa de que os vereadores não permitiam a presença deles na Câmara, a Casa do Povo.

Próprio do pensamento político dos partidários da ideia comunista, os fins justificam os meios, mesmo os mais sórdidos praticados contra quem pensa de forma diferente e até mesmo com os seus. Hoje, a democracia deve ser pensada e praticada menos em termos ideológicos e mais na garantia da liberdade do pensamento na tomada de decisões coletivas.

Os mesmos que reclamam da ditadura militar são os que adoram a ditadura burguesa, escamoteada numa forma de governo que tolhe os direitos humanos fundamentais, como a liberdade de expressão, religião, a proteção legal, inclusive o direito de autodefesa. Desta forma fica mais fácil para eles agirem de acordo com as cartilhas implantadas pelos camaradas Lenin e Stalin contra o sofrido povo russo.

Aqui no Brasil não dá!

Radialista, jornalista e advogado.

 

 


Categorias

 Penso Assim - por Walmir Rosário 
Rua Tiradentes, 30 – 4-º Andar – Edf. São Francisco – Centro - Santo Antônio de Jesus/BA. CEP: 44.571-115
Tel.: (75) 3631-2677 - A Força da Comunicação.
© 2010 - RBR Notícias - Todos os direitos reservados.